sábado, 22 de outubro de 2011

Falece o homem, fica a obra

O moço deixou trabalhos incríveis. Faleceu na última quinta-feira (20), aos 80 anos, por causas naturais: viveu demais, tá na hora de voltar pra cá. O fotógrafo norte-americano Berry Feinstein fez cerca de 500 fotografias para capas de discos que ficaram para a história. Começou, na profissão, enfocando as suas lentes para estrelas do cinema. Somente mais tarde, entrou no mundo da música. Pode-se dizer, sem sombra de dúvidas, que Berry Feinstein foi essencial na construção do imaginário existente, hoje, dos anos 70. Veja abaixo:

O último retrato de Janis Joplin, na década de 70, para o álbum Pearl. Vêem-se cores fechadas, mas contrastantes. J.J. esboça um sorriso leve e feliz. Meses depois, morreria de overdose.


O álbum dos Rolling Stones Beggars Banquet (1968), super kitsch, em que se vê uma casa de banho público pichada e envelhecida:


Uma parceria com Bob Dylan no disco The Times They Are A-Changin (1964). Trocadilho interessante no "The times they are a changing Bob Dylan":


Também fez a capa do disco de estreia dos The Byrds, em 1965, o Mr. Tambourine Man. Foto moderna dos garotos, com lentes fisheye:


Nos anos 70, fez as fotografias dos álbuns solos de Eric Clapton, David Mason e George Harrison. O de George, abaixo, me parece bem macabra. Bem em consonância (ou não) com o título do álbum "All things must pass".


Berry acompanhou Bob Dylan como fotógrafo oficial, em 1966, na famosa digressão facturante do cantor. No tour, capturou as mais conhecidas fotos do cantor, incluídas no documentário "No Direction Home" (2005) de Martin Scorcese. Antes disso, Berry já tinha feito o álbum de Dylan mostrado acima.

Mira:



Nenhum comentário:

Postar um comentário