domingo, 20 de março de 2011

Arte no Japão pós-tsunami

Artistas são artistas. Só tenho isso a dizer. Gente que aspira à arte, mas vê que não tem talento, vai ser jornalista cultural, curador, crítico de arte, pesquisador cultural... Vai inventar de falar de arte. Às vezes, a gente merece um "cala a boca, menino", porque quem muito analisa acaba saindo das fronteiras do mágico. Mas deixar de falar é um exercício inaceitável.

Então aqui vou eu... Fico impressionada como a arte tem um poder recuperativo veloz. Digo: o mundo está se acabando, e a arte já o está reconstruindo. É assim. Ela não se dá ao direito de deixar os fatos da vida ao Deus dará. Ela se veste de Deus e dá a forma. Foi assim com o "pense no Haiti, reze pelo Haiti", enquanto o Haiti se acabava, com o "amanhã vai ser outro dia", e o Brasil ainda amordaçado pela ditadura... E com Guernica, U2 em Sarajevo, Valsa com Bashir... Et coetera, ad infinitum, não dá para fazer listinha.

Refuçando do avesso o The New York Times, achei uma relíquia que me associou diretamente a uma matéria que fiz pra Revista Zena há um tempo. Eu falava do furacão de criatividade que assolou novamente Nova Orleães, Estados Unidos, após o Katrina. Surgiu o mascote Kat Rina, um gato que consegue desorganizar tudo, e vários pintores passaram a se dedicar ao tema do furacão. Massa. Mas o que me lembrou a matéria da Zena foi a do The New York Times, que mostra o tratamento artístico de dois artistas japoneses ao recente tsunami que aconteceu no Japão.

Tatsuro Kuichi e Yuichi Yokoyama fizeram reinterpretações lindas, mostrando uma desordem colorida,

(Yokoyama)

e uma confusão que, além de físico-externa, possui ordem emocional.

(Tatsuro)

(Tatsuro)

Em Nova Orleães, o que se viu foram artistas maravilhosos, como Terrance Osborne, Natalie Boos e Vigo Boom.


(Terrance Osborne)


(Terrance Osborne)

Os caminhos da arte que, quando não se cruzam, se intercruzam.

Para ler a matéria da Zena, clique aqui.
Para ler a publicação do The New York Times, aqui.

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