Aquele calor que vem dos ventres até a cabeça. Que impulsiona os movimentos mais despretensiosos e naturais. Aquilo, aquilo que você tá pensando. Aquela coisa louca que bate quando a sua pele está na pele do outro, e os seus olhos estão nos olhos do outro. Aquela excitação descontrolada que impulsiona tudo e todos a seguir o ritmo da música... Primeiro você dá aquela olhada. É ele. Ele retribui o olhar e sabe que, sim, você será a próxima, a verdadeira, a única. Ele vem. Oferece a mão. E você aceita. Agora, na intimidade do momento, tudo pode acontecer...
É assim que funcionam os bailes de salão, ou, pelo menos, deveriam funcionar. A verdade é que, atenção! atenção!, a lógica do mercado já atingiu os bailinhos de sábado à noite e, agora, para dançar de verdade, até suar, até a libertação de todos os demônios, só contratando um garotinho que tenha aquele jeito pro salão. Só assim, senão você fica chupando dedo.
Baile de salão deveria ser aquele espaço onde a paquera de dança estaria livre. - Aquele carinha dança bem. - Será que rola? - Será que ele vai me chamar pra dançar? - E o professor da academia X? - Quero dançar com ele!!! Mas não. Not. Fique feliz se você for chamada pra dançar uma vez durante todo o baile. A solução? Tenha um amigo gay que faça horrores na pista ou contrate aquele gatinho bailante. Pode ser profissional também. É a solução. Infelizmente. Mercadoria bailante, mercadologia de salão, bufunfa boleresca.
Ah, sim... Também não posso me esquecer de um grupo, em especial, que se regozija com o hábito de alugar bailarinos (além dos próprios, que ganham uma graninha extra pro final de semana). Falo das coroas modernas, desquitadas e arrasantes que soltam toda a sensualidade no salão. Elas pintam os cabelos, fazem plásticas, compram aquele vestido, contratam aquele lindinho e só faltam abrir escala no sábado à noite. A situação é divertida pra quem não está acostumado com a fechação da boa idade, mas é uma diversão quase antropológica.
Pois é... Apesar do mercado e dos alugueis, Bárbara, a paquera rolava solta, e quem era o elemento perdido na Usina da Dança* era você.
*A Usina da Dança é um evento organizado por Luciana e Bruno, professores de dança do Espaço Diverso. A festa aconteceu no dia 02 de Dezembro na Anthurius Recepções e contou com a Orquestra de Salão regida por Bruno, neto do ilustre Maestro Duda.
É assim que funcionam os bailes de salão, ou, pelo menos, deveriam funcionar. A verdade é que, atenção! atenção!, a lógica do mercado já atingiu os bailinhos de sábado à noite e, agora, para dançar de verdade, até suar, até a libertação de todos os demônios, só contratando um garotinho que tenha aquele jeito pro salão. Só assim, senão você fica chupando dedo.
Baile de salão deveria ser aquele espaço onde a paquera de dança estaria livre. - Aquele carinha dança bem. - Será que rola? - Será que ele vai me chamar pra dançar? - E o professor da academia X? - Quero dançar com ele!!! Mas não. Not. Fique feliz se você for chamada pra dançar uma vez durante todo o baile. A solução? Tenha um amigo gay que faça horrores na pista ou contrate aquele gatinho bailante. Pode ser profissional também. É a solução. Infelizmente. Mercadoria bailante, mercadologia de salão, bufunfa boleresca.
Ah, sim... Também não posso me esquecer de um grupo, em especial, que se regozija com o hábito de alugar bailarinos (além dos próprios, que ganham uma graninha extra pro final de semana). Falo das coroas modernas, desquitadas e arrasantes que soltam toda a sensualidade no salão. Elas pintam os cabelos, fazem plásticas, compram aquele vestido, contratam aquele lindinho e só faltam abrir escala no sábado à noite. A situação é divertida pra quem não está acostumado com a fechação da boa idade, mas é uma diversão quase antropológica.
Pois é... Apesar do mercado e dos alugueis, Bárbara, a paquera rolava solta, e quem era o elemento perdido na Usina da Dança* era você.
*A Usina da Dança é um evento organizado por Luciana e Bruno, professores de dança do Espaço Diverso. A festa aconteceu no dia 02 de Dezembro na Anthurius Recepções e contou com a Orquestra de Salão regida por Bruno, neto do ilustre Maestro Duda.